E assim se passou uma bela semana... e não foi no Gingão!

DIA 0


Dez horas em ponto num dia como todos os outros em Lisboa: arrancou o autocarro que levava o último guerreiro até à aventura pela montanha mirandesa e selva gerense...

A ansiedade ia aumentando à medida que o autocarro ia fugindo da capital deste país que é Portugal, e que mais parece capital de Angola. (Ou será Cabo Verde? Ou China? Ou Roménia?) Bem...não interessa!... O que naquela altura interessava mesmo era “fugir”!...

Segundo consta, por aquelas horas em Penamacor, ia-se respirando um novo ar de esperança!...

Chegado ao destino (leia-se Guarda), passadas 2h30, o nosso expresso-viajante foi acolhido pelos cinco bravos alcatenses ou penamacorenses (que de enconenses não têm nada) e, desde logo, foram abertas as hostilidades com o célebre gesto do dedo indicador numa posição horizontal direccionada para o individuo à frente que, num ápice, passa para a direcção do fecho das calças do próprio. Ah, e eles foram mencionados!...

Completo que estava o pelotão, foi tudo saciar-se num restaurante em que os bitoques “davam para dezoito”e custavam 4€ (com este preço nem precisava de dizer que tinha saído de Lisboa). Com o estômago já a dizer que estava encerrado, ainda fomos confrontados com o pitoresco beirão do restaurante a perguntar se ainda vinham umas “Xeis xopinhas???” Apre!

Bem, aconchegado que estava o papo (é melhor dizer o estômago, senão ainda pensam que eu estou a falar de outros acontecimentos mais característicos da noite)...a Irmandade do Campismo fez-se à estrada, pela primeira vez com os seis elementos.

Pelo meio da viagem, viu-se de tudo: desde o testemunho de mais um incêndio q assombra o nosso belo país por esta altura do ano, a uma prostiputa já cliente habitual naquele roteiro a caminho de Trancoso (por alguma razão deram este nome à terra tranca...oso), a uma estação de rádio já em plena região transmontana com som de qualidade que não abunda nas telefonias da nossa capital e arredores...e vimo-los durante a viagem...

Chegados a Miranda do Douro, local onde o grupo iria pernoitar, lá se procedeu à cerimónia de montagem (das tendas, entenda-se)...e depois jantar, chichi e cama???!! NÃO! Foi tudo conhecer a bela terra que nos tinha acolhido!

Ainda sem conhecer muito bem o caminho, a distância do parque até ao centro desta cidade transmontana era tal...que devíamos ter passado atrás dos montes, à frente e ainda dado tempo para “comer uma cabra” (para quem não sabe vazorrense, tudo isto para dizer que era longe como o carvalho!...)

Chegados ao centro (400km depois), lá tentámos disfarçar a ausência de jantar com bollycaos, bimbocaos, bifanas e muita muita cevada... Enquanto “jantávamos”, íamos assistindo na Tv a esse grande blockbuster tuga que é o FODEL OU INFODEL, e presenciámos o milagre da transformação, que pensava só existir no Arre Putter (a transformação de um elefante mega-trom num defesa central do Valência e da selecção espanhola)... Epah, antes de continuarem a ler, arranjem dicionário VAZorrense, senão n s safam!...

Íamos nós a caminho do parque e resolvemos ainda espreitar um café aparentemente inofensivo e aberto às 3 da madrugada (naquela altura, nenhum de nós fazia ideia de que se estava ali a iniciar de uma grande amizade “etanólica”...)

Mal a Irmandade entrou para repousar da “longa” viagem, foi contemplada com um licor beirão num copo que, com um bocado de jeito, dava para 18...e a 1 euro!!!! (não, não me enganei, foi mesmo UM EURO!!!!). Mais à frente, um copázio de Cardhu...tentem adivinhar quanto? HIPOTESE A: 10euros? HIPOTESE B: 7euros? HIPOTESE C: Um servicinho ao barman? HIPOTESE D: 3euros? Qual a hipótese vencedora???? É a D!!!!!!!!! 3euros um copázio do catano com whisky de primeira categoria!!!!... E há medida que o álcool consumido aumentava, o interesse por viver em Lisboa ia variando de forma inversa, dados aqueles preços e o facto da carteira estar ainda praticamente cheia...

Após os seis se saciarem das delicias terrenas dos bares (neste caso cafés) transmontanos, lá foi tudo xixi cama pó parque, desta vez cortando alguns quilómetros aos 400Km que fizemos (não muitos, só cerca de 399), graças à única pessoa sóbria naquele café: o empregado que nos indicou um caminho bemmmmmm mais curto... Ah, e eles também foram xixi cama

2 B CONTINUED...

Comentários

Anónimo disse…
Eles realmente andaram a acompanhar-te por todo lado...
alphatocopherol disse…
ora aí está!!! Lisboa bem podia ir para o c......!
Anónimo disse…
Vai tu, olha que caraças!
Captain Dildough disse…
Pois é Vazorro, a narrativa empolga até quem lá não esteve (e se rói todo por lá não ter estado)... venham mais capítulos dessa aventura campista!
E eles? Será que vão aparecer?

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