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A mostrar mensagens de 2013

Vitânus :: Capitulo 1 :: Chegada ao Cais no Sonhé

Quinze horas e trinta e seis minutos. Um Volvo da série Vasco da Gama articulando alguns quilómetros de longas experimentações entre Ode às Velas e Cais no Sonhé transporta o seu mais sábio passageiro: Vitânus, mais conhecido pela sua passada de Pinguim Imperador e fixação por transportes colectivos, pintos variados e piadas secas. É um metaleiro humilde, no auge das suas vinte e três primaveras, oitenta quilogramas enchouriçadas em calças elásticas, caracóis pretos, fortes e volumosos, e um olhar expressivo - por vezes esbugalhado - cor de melaço. Numa travagem brusca, junto ao Bar Amaricado, Vitânus é arremessado pelo corredor e após três cambalhotas atinge a cabine do motorista - e o dedo mindinho o antigo obliterador! Aparentemente uma rusga policial, três pegas e um taberneiro sem calças numa fuga sem cobertura dão resguardo às justificações hidráulicas do senhor da Magnum 44.  O acrobata lesionado, com uma tarifa de bordo extra, levanta-se e começa o seu canto imperial: "

Uma nova estrela do NATCIAL (uma espécie nova de Natal Comercial)

Era uma jovem bela e imaculada... Cantava em belos filmes infanto-juvenis, Encantava qualquer inocente petiz, Longe de qualquer ideia depravada. Ai quem a mandou "crescer"... Tadinha, acabou por se perder. Era uma gordinha anafada... Esbelta para o género animal, Ainda sem sonhar com a fama comercial, Mascote de doçura desmesurada. Ai quem a mandou vestir-se assim... InCONTINENTE a querer mais pilim! FUSÃAAAAAAAAOOOOOOOOOO!!!!!! (CABUM....) 23h Amesterdão... Um hipópotamo (?!) passeia numa passerelle... mala channel na mão perante o ohar chocado de milhares de crianças digitalizadas pela brigada da nova empresa MTinCOnTinenteV Lda... No seu corpo uma espécie de maillot repuxando-lhe a fatia entremeada da pachachótama ( Hippos Montana , .sp) e com um ar esgazeado qual prustiputa do reino animal, saca de um enorme charro de folhas de uma qualquer árvore não identificada (causando a loucura especulativa do Correio do Chavascal, ou do Púdico) e acende! Uma chuva d

Crónicas de LÉ on HARD II (a gaita unida, para sempre será espremida...)

Aos poucos foi-se desinibindo... As aparições públicas tornaram-se mais frequentes. Lé on Hard tornou-se um poderoso ativista da causa nabónica, o estigma repetido que se tornou grito conhecido entre todos deixou de ser um problema... Mas o pesadelo daquela frase nunca deixou de o perseguir. Aliás sem a frase esta crónica idiota não tinha razão de ser. Ora a noite de ontem voltou a ser de alarido. Coelhone foi a televisão púbica... Lé on Hard, por coincidência, ou nem por isso, passeava na sua TechnoBike Nabex 2000 pela zona oriente da cidade, rabo pousado no selim Prostatex Plus Vinil, mãos no guiador Punhetex e nabo devidamente acomodado no contentor aerodinâmico MegaPénix 50 cm, Salame Resguardado, cocos de fora que não há cá luxos, quando se deparou com a  confusão... Repórteres por todo o lado e uma grande manifestação do partido Enrabista com cânticos da ordem "Somos muitos, muitos mil, para rebentar o trombil". Arrumou a bicla, tirou o nabo do contentor, prendeu a co

Ordinarices Free

Estranhamente vou começar a deambular umas palavras sem antever um título para o texto que agora inicio. Por vezes, ou raramente, executo tão descuidado serviço público... na verdade é uma estreia. Há sempre uma primeira vez para uma experiência desinteressante ou transcendente. Transcendente como escrever este texto em pelota e sentir a melga (ou melgas) agilizando-se em voos circundantes, doces aterragens, coincidindo em mordidas vorazes em toda a superfície da minha esbelta e peluda pele desnutrida. Quer dizer, toda a superfície é exagero, as boxers protegem a extensão da palavra que termina em "ota" e que costuma ser rima de orvalho. Era nisso (o que rima com chouriço) que estavam a pensar meus caros amigos? Que seja! O que me preocupa verdadeiramente são os loucos que ainda resistem nesta vírgula, interessados na diarreia de palavras que a minha voz interior decidiu exprimir. Sentem-se estranhos? Comeram algo na vossa última ou penúltima refeição que justifique estar

PSI - Gangbang pride

Ler ao som de:  http://www.youtube.com/watch?v=9bZkp7q19f0 Obviamente está incompleto, a hora de almoço não deu para tudo. :) ------ Toma Gangbang pride Gangbang pride Nádega feminina liberta flatos de soja Mulher formosa apreciando o volumoso fiambre da loja Cavalga em pitorescos arabescos do Cambodja Geme e grita perto de La Rioja Meu Caralho Liberta um forte odor liquefeito, cheiro de mangalho Ela gosta e em trope libertam-se gotas do orvalho Ziguezeio na poda dos verdes ramos do carvalho Meu caralho Arem fofinho no logradouro Bar do Sergay, amigos fofos de Sergay Arem fofinho no logradouro Bar do Sergay, amigos fofos de Sergay Enfiam de penalti garrafas de vodka Toma Gangbang pride Gangbang pride Toma Gangbang pride Gangbang pride Toma Gangbang pride É sexo nato Toma Gangbang pride É sexo nato, oh, oh Eh, eh, eh, eh, eh, eh

Torre de Babel, ou a Porra do Soriano - Guerra Junqueiro

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Antes de nós termos este cantinho, já grandes nomes das artes lusas se dedicavam a coisa semelhante. Para vosso (espero) dêleite, segue o poema "Torre de Babel, ou a Porra do Soriano", filho não perfilhado de Guerra Junqueiro, que amigos trataram de fazer com que não fosse esquecido. Eu canto do Soriano o singular mangalho! Empresa colossal! Ciclópico o trabalho!      Para o cantar inteiro e o cantar bem precisava viver como Matuzalém.      Dez séculos!           Enfim, nesta pobreza métrica cantemos essa porra, porra quilométrica, donde pendem os colhões de que dão ideia vaga as nádegas brutais do Arcebispo de Braga. Sim, cantemos a porra, o caralho iracundo que, antes de nervo cru, já foi eixo do Mundo!      Mastro do Leviatã! Iminência revel!      Estando murcho foi a Torre de Babel!      Caralho singular! É contemplá-lo                          É vê-lo teso! Atravessaria o quê?                O sete estrelo!! Em Tebas, em Paris, em Lagos, em Gomorra juro que ninguém v

Eu conto com o Indecente!

No meu tempo... No meu tempo não era assim! No meu tempo os rapazes para namorar uma tipa, tinham que ir a casa da miúda e dizer um lenga lenga que rimasse, perante a mãe, a tia, o pai, a prima, o avô e o gato! E depois até casar tinha que ir para casa bater pívias até ficar com o nabo assado. No meu tempo não havia... -Fato de latex completo por apenas 69euros! No meu tempo não havia!!! - Bukkake, 6 unidades, a 20 euros a esguichadela, com oferta de lenço facial! No meu tempo eu não podia dizer que contava com o Indecente, mas agora já posso!!!! Artigos javardos a preços de antigamente, só no Indecente!

Manias e Psicoses Metereológicas :: final

Casa... de novo. O sol está no auge, adoro! A minha oculista gosta de vender coisas caras mas acabou por me oferecer um par de óculos Ray Ban, modelo Aviator Titanium. Acho que está apaixonada por mim,  reparei no olhar penetrante quando lhe contei ao detalhe todas as minhas aventuras de inverno. No final até me elogiou, dizendo que era o melhor modelo vivo e que os óculos combinariam maravilhosamente com as madeixas vermelhas! Sempre que os visto ergo os braços a noventa graus e corro como se estivesse a voar e a alcançar o céu... love is in the air! Consta que já derrubei alguns invisuais e senhoras de idade!  A última aparentemente faleceu de causas naturais. Ventos do deserto que arrastam areia e a depositam no quintal transformando-o num longo areal paradisíaco, adoro! O meu agente de turismo já me ofereceu uma estadia no Dubai em permuta com três semanas em minha casa, no meu areal, usufruindo do meu SPA, a minha sauna doméstica, infelizmente cancelou-me a viagem ao final da

Manias e Psicoses Metereológicas :: parte 1

Relâmpagos , obra do demónio mas eu adoro! O meu oftalmologista condena e até já me aviou um par de óculos de soldar. Trovões que entram na terra e no fundo dos meus ouvidos, adoro! O meu otorrino desaconselha, os cristais ficam desalinhados, perco o equilibrio e acabo deitado, todo nu, no banco do jardim infantil. Chuva , adoro! O meu psiquiatra fica aborrecido porque me dispo em público, constipo-me e acabo medicado com antibióticos - que me destroem a medicação dos antidepressivos - e já não é a primeira noite que acabo a dormir na esquadra. Na última estadia apanhei pé de atleta, um pouco de porrada, mas até gostei. Acabei por passar a noite no hospital que é bem confortável, inclui pequeno almoço e lençóis lavados. Vento forte que levanta desordenadamente meu cabelo preto - e às vezes os meus pelos púbicos, adoro! O meu cabeleireiro fica incomodado, alega que a desordem capilar é de evitar e que devo manter a boa aparência. Da última vez recomendou uma dúzia de produtos. Che

Poesia bovequína (... Ou um sonho cavalgado!) ... (Remix Diverte-te!! versão 2013-1)

Se não tens nada para jantar E o congelador está deserto, Não tens que desesperar Que o hiper está aberto! São os mais belos congelados, Com recheios saborosos, Cuidadosamente embalados Por empregados sebosos. Lasanhas frescas a relinchar; Raviolis com pedaços de casco; Canellonis que dão moca de estalar; Picadinhos para regar com tabasco! Misto de carne de "vacavalo", Cuja segurança até dá dó: Salmonelas a acompanhá-lo E bactérias do cocó! E já não é só no hipermercado: Há na mercearia e no talho. Até nos móveis suecos é encontrado Esse belo produto a retalho! Por isso já sabes... oferece-te! De corpo e alma à tentação: "Tenho Coliformes, diverte-te! Lamento, mas estou em regurgitação!"

O Caçador

A escuridão caiu sobre a cidade numa húmida e fria noite de inverno. Ruelas antigas e degradadas pela perversa antecipação da quaresma, a noite dos mascarados - a mesma onde as pessoas se vestem delas próprias ou de estranhas personagens de ficção - onde deambulam travestidas, convivendo como criaturas insanas, imundas e talvez mesmo um pouco reais... Cruzando e palmilhando algumas centenas de calhaus basálticos, encerados pela mistura nutritiva de malte e ureia, descortina-se o centro de toda acção festivaleira, o " The Ed Clip Ar ", rico pela sua decoração electrizante, de aglomerados capilares e amostras viris, sofás envernizados com açucares diversos e um basto balcão embalsamado com criaturas dependentes de refresco. Ao som de alguns acordes de grunge e vozes grotescas, ocultas no nevoeiro do tabaco, conhecidas personagens convergem num recanto memorável. Directamente do seu Bar, o  Bordas Alargas , Sergay reeditou a sua fantasia " O prostituto de luxo ",

Revista Lilás nº3 :: A cusquice Penaliana

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Após um interregno de dois anos e dois meses regressa a capa da Revista menos esperada da actualidade, a L(ar)ilás! Visualize em requinte as degradantes acções, os tutoriais académicos e religiosos. Não perca porque eu também...  oração... No Habemus Papam e agora?

Queria uma mala com béchamel.

 Na Peles Esticadas estava uma tarde de fraco movimento. Não que houvesse nesta altura períodos agitados para esta pequena loja de cabedais. Bartolomeu Espanca era quem nesta tarde não atendia clientes, até que o som da campainha da porta a badalar o chamou ao trabalho.  Quem havia passado pela porta era uma jovem com pernas até aos ombros, uma saia tão curta que se o vento soprasse de feição se percebia a natureza da roupa interior e uma camisa branca com os botões de cima desapertados, para não sufocar os opulentos seios que a enchiam. Tão apertados estavam que se percebia claramente as diferenças de tonalidade da pele e a total ausência (ou necessidade) de soutien. Quanto à forma de se mexer da morena, não se podia dizer que andasse, mas antes que se bamboleava.  "Queria muito uma mala." disse ela de lábios bem juntinhos. Bartolomeu mal ouvia tão focado que estava na figura. "Queria muito uma mala," repetiu ela ao ver que não tinha resposta, antes de acresce