Contos do Virgílio - O Repuxo
"-É chegada a hora de vos contar uma das minhas aventuras!"
"-Oh, não!"
Nenhum dos jovens da tribo mostrava especial interesse na companhia do Sábio, Virgílio. Era um velho carunchoso e sebento, cheirava pior que um bode e fazia questão de rondar gulosamente as donzelas, que lhe travavam a mãozinha exploradora com vigorosos chapadões no focinho. Ainda se desse prendas de jeito...
Mas Virgílio não estava para ser contrariado. Ergueu-se do alto da sua corcunda e bradou:
"-Ou ouvem o que tenho pra vos dizer, ou vão provar do meu bastão!"
Ninguém quis meditar por muito tempo no sentido daquelas palavras.
"-Pronto, Mestre, conte lá a história..."
O velho mirou avidamente as feições daquele jovem efebo; se era algo que o sacaninha sabia, era afagar-lhe o ego... O ego...
Mas continuemos.
"-Sentai-vos, pois a minha narrativa será longa em feitos terríveis e perigos muitos!"
"-E tangas, então, vai ser um nunca mais acabar..."
"-QUEIRAM FAZER O FAVOR DE SE CALAR, CARALHO?!"
Silêncio...
Um peido.
"-QUEM É QUE SE ABRIU?!"
Nada.
"-QUEM FOI O FILHA DA PUTA DO JAVARDO QUE SE ESBUFOU? HEIN?!"
"-Ah ah, quem disse é que foi, ah ah AAAHH!"
O tagarela gemia de dor enquanto o velho lhe dava vergastadas com o cajado, as suas faces ruborizadas com a excitação do castigo.
"-Toma... toma... armas-te em esperto comigo, fodes-te... Meu cabrãozinho de merda..."
"-Iiihh, que cheiro ó Mestre... Foi você que se rasgou!"
"-NÃO FUI NADA!"
Agora olhava, louco, em redor, brandindo o pau como que esperando a próxima boca...
"-POSSO CONTINUAR? Pronto!"
"Tempos houve, na minha longínqua juventude, em que percorria esta terra em busca da glória e da fortuna... Objectivos fúteis para quem está, actualmente, no panteão dos Grandes Sabedores..." - afagou a túnica esfarrapada.
"-Quem, Mestre?"
O velho lançou um olhar feroz e, engolindo o cuspo, continuou:
"Pois bem, tal era o pavor que por mim sentiam os negros senhores deste mundo que não hesitavam em enviar ao meu encontro horda atrás de horda de temíveis monstruosidades!"
"Incontáveis legiões defrontei, uma miríade de bestas retalhei com a minha fiel durindana, rios de sangue fiz correr pelas encostas dos montes... E para quê? Qual o intuito de tal mortandade? Que perigo representava eu, um pobre caminhante?"
Fez uma pausa para apreciar o efeito das suas palavras...
A assistência roncava.
Uma chuva de pedras e insultos arrancou a maralha juvenil do seu torpor.
"-Grandes cabrões! Cambada de... Onde é que eu ia? Ah, a Grande Demanda! Pois é, meus meninos, andavam todos cagados de medo que eu achasse um dos mais poderosos Artefactos dos Antigos..."
A miudagem estava, agora, genuinamente interessada.
"-O REPUXO DOURADO!"
Gargalhada geral.
(continua...)
"-Oh, não!"
Nenhum dos jovens da tribo mostrava especial interesse na companhia do Sábio, Virgílio. Era um velho carunchoso e sebento, cheirava pior que um bode e fazia questão de rondar gulosamente as donzelas, que lhe travavam a mãozinha exploradora com vigorosos chapadões no focinho. Ainda se desse prendas de jeito...
Mas Virgílio não estava para ser contrariado. Ergueu-se do alto da sua corcunda e bradou:
"-Ou ouvem o que tenho pra vos dizer, ou vão provar do meu bastão!"
Ninguém quis meditar por muito tempo no sentido daquelas palavras.
"-Pronto, Mestre, conte lá a história..."
O velho mirou avidamente as feições daquele jovem efebo; se era algo que o sacaninha sabia, era afagar-lhe o ego... O ego...
Mas continuemos.
"-Sentai-vos, pois a minha narrativa será longa em feitos terríveis e perigos muitos!"
"-E tangas, então, vai ser um nunca mais acabar..."
"-QUEIRAM FAZER O FAVOR DE SE CALAR, CARALHO?!"
Silêncio...
Um peido.
"-QUEM É QUE SE ABRIU?!"
Nada.
"-QUEM FOI O FILHA DA PUTA DO JAVARDO QUE SE ESBUFOU? HEIN?!"
"-Ah ah, quem disse é que foi, ah ah AAAHH!"
O tagarela gemia de dor enquanto o velho lhe dava vergastadas com o cajado, as suas faces ruborizadas com a excitação do castigo.
"-Toma... toma... armas-te em esperto comigo, fodes-te... Meu cabrãozinho de merda..."
"-Iiihh, que cheiro ó Mestre... Foi você que se rasgou!"
"-NÃO FUI NADA!"
Agora olhava, louco, em redor, brandindo o pau como que esperando a próxima boca...
"-POSSO CONTINUAR? Pronto!"
"Tempos houve, na minha longínqua juventude, em que percorria esta terra em busca da glória e da fortuna... Objectivos fúteis para quem está, actualmente, no panteão dos Grandes Sabedores..." - afagou a túnica esfarrapada.
"-Quem, Mestre?"
O velho lançou um olhar feroz e, engolindo o cuspo, continuou:
"Pois bem, tal era o pavor que por mim sentiam os negros senhores deste mundo que não hesitavam em enviar ao meu encontro horda atrás de horda de temíveis monstruosidades!"
"Incontáveis legiões defrontei, uma miríade de bestas retalhei com a minha fiel durindana, rios de sangue fiz correr pelas encostas dos montes... E para quê? Qual o intuito de tal mortandade? Que perigo representava eu, um pobre caminhante?"
Fez uma pausa para apreciar o efeito das suas palavras...
A assistência roncava.
Uma chuva de pedras e insultos arrancou a maralha juvenil do seu torpor.
"-Grandes cabrões! Cambada de... Onde é que eu ia? Ah, a Grande Demanda! Pois é, meus meninos, andavam todos cagados de medo que eu achasse um dos mais poderosos Artefactos dos Antigos..."
A miudagem estava, agora, genuinamente interessada.
"-O REPUXO DOURADO!"
Gargalhada geral.
(continua...)
Comentários
Vamos lá, venha outro...
Venha de lá a continuação em vez de estares ai a afagar a vergasta
Tás LÁ!!!!
e eles tb...