Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte III)

O fugitivo contemplou o que se lhe deparava com a confiança de um louco que ele de facto era.. Algumas dezenas de GNRs dominavam inúmeros criminosos por entre um também grande número de cadáveres, no que parecia ter sido um violento palco de batalha. A sua tonalidade habitualmente pálida enrubesceu ao situar a visão chispante no seu objectivo, que distava cerca de 300 metros de distância.
- O dia do juízo final chegou para vocês!! – berrou, correndo pelo pátio disparando jactos da sua arma de Bromo no Ponto Crítico (TM, ou então não), abatendo todos os que lhe ousaram fazer frente até o ar ficar carregado de uma tonalidade laranja do líquido corrosivo - Agora nós – disse, libertando-se das suas roupas esfarrapadas, por baixo das quais se encontrava totalmente nu, usando apenas três coletes com uns frascos estranhos e o pénis pintado com as cores da bandeira da Índia.



Alexia hesitou durante um segundo, rodando de seguida sobre si própria. Com uma rapidez impressionante saltou alguns metros e trespassou por trás um incauto Drinho Ludemar, que lançou um lancinante uivo, de dor ou prazer indistinto.
- Ãããã, Alexia... não... – choramingou Tutu – o teu rabinho... que saudades...
Num único movimento a loura libertou a sua arma, limpou os cantos da sua cilíndrica boca e, numa dança mortal e exótica saltou, esventrando Careca Rapel (que aproveitou o seu último suspiro para fungar) e ferindo no rabo Bicha. Os seus olhos estavam como que mortos, ao contrário do seu traseiro que parecia querer saltar das suas protecções metálicas. Laura Tranco estava atónita no seu ar germânico habitualmente impassível, completamente apanhada de surpresa por aquilo que ela tinha pensado ser apenas mais uma tortura, ter sido afinal a transformação de um inimigo naquele ser híbrido louro e mortífero.
- Isso meu bébé, mata, mata em nome do teu pai! – delirava Fronhé, dançando em cima da sua secretária com um aquecedor na mão – Mata que o teu papá recompensa-te com o chupa que tu tanto gostas!! Ai, a minha espondilose! – queixou-se, agarrando-se ao ombro
Alexia rodou novamente e correu na direcção de Tranco, ameaçadora. Dentes de aço, ainda suja com o sangue de Arães rastejou como um animal e ferrou as suas presas afiadas com toda a violência na nádega metálica da loura. Na face do animal surgiu primeiro a surpresa, e depois a dor ao constatar que os seus perigosos dentes se estilhaçavam sem ferir o inimigo.
- Ah ah ah – riu-se Fronhé – Amálgama de titânio-paládio-einsténio-caril, a mais dura do universo, e também a mais bem cheirosa! Criação minha, evidente! Aiii! – ginchou, caindo da secretária
- Agora chega!! – gritou Cléo, chorosa e transtornada pelo ferimento de Arães – Podes estar mudada, mas continuas a mesma pega reles de sempre! Vou vingar-me e vencer-te, tal como fiz à Pega Ricardo!! – disse, silvando como uma serpente. As duas arqui-inimigas encontravam-se frente a frente, mais parecidas que nunca. Salvo as horrendas cicatrizes de Alexia e os seus óculos, poderiam ser facilmente confundidas. Cléo puxou do rabo de Jonas Bicha um mega-vibrador afiado, e correu na direcção de Alexia a uma velocidade ainda maior aquela a que perseguia os clientes em Monsanto. Tocada momentaneamente por algo superior ao seu ser, conseguiu acertar em Alexia e feri-la no rosto, adicionando-lhe mais uma feia marca.A contra-resposta foi brutal, e com um soco Cléo voou pela sala derrubando o Guarda Régio e o termo de Arata. O gigante enfureceu-se pelo seu almoço ter sido interrompido (o 11º, cabrito assado no forno), e investiu violentamente como um rinoceronte na direcção da loura metalizada, soltando arrotos semelhantes a bramidos. Esta desviou-se no último momento, fazendo com que o peludo lutador de sumo rebentasse a parede e se estatelasse no chão sete andares abaixo.
- Ahhhhhh – guinchou Fronhé, com a voz abafada – como pudeste..ugghhh
- Ããããã... Alexia – disse Tutu, chorando copiosa e raivosamente enquanto esganava o indiano, cujo pescoço tinha apertado por trás – Ãããã... para imediatamente ou parto-lhe o pescoço como a uma galinha!


(eu sei, eu sei, prometo que desta só continua mesmo mais uma vez... ou então o Benfica ainda perde o campeonato porra!!!)

Comentários

Chas. disse…
Bem isto tem mais acção e violencia do que os filmes do Van Damme.
LOL
Vamos la ver se o caril ganhará outro sabor :P
Steïn disse…
Lindo, simplesmente espectacular. Entram as personagens todas.
Anónimo disse…
Ui! Aproxima-se um final apoteótico! Será que Cléo conseguirá finalmente levar Aléxia ao castigo? Ou será ela a ficar com um andar novo (ou velho, consoante a perpectiva)? E Tutu? Será que o seu sentido de dever resistirá à intumescente atracção que sente por Aléxia? E Arata, viverá para comer outro almoço? E que dizer do misterioso indivíduo pálido de olhos verdes? Conseguirá levar a cabo a sua vingança? Lá ficamos nós outra vez à espera das respostas s estas e a muito mais perguntas...
alphatocopherol disse…
cá para mim este conto ainda está longe do final... LOL

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