Alexia e Tutu - Apocalipse Tau (parte I)
As canalizações oscilavam acompanhadas por um ligeiro som metálico à medida que um vulto de roupas esfarrapadas rastejava violenta e obstinadamente.
- Aqueles falsos! Mostrei-lhes a saída e eles abandonaram-me!!- rosnou, espumando-se – Vingar-me-ei! Mas primeiro a amostra de ghandi e a avestruz vesga da mulher dele, primeiro eles! Ahah... ahah! Vão beijar-me os pés, todos!! – gritou mais uma vez o vulto, interrompendo-se ao avistar uma saída por um respiradouro.
- Mas... o que é... isto??? – os seus olhos verdes brilharam com o conteúdo da sala para onde se preparava para escapar e que lhe iria permitir cumprir a sua vingança
- Sim senhora, chegaram mesmo a horas! Tal e qual como Alexia! – disse S.P. aos 3 informadores da GNR – Autêntica pontualidade britânica! Ai como eu gosto desse país...
- Ãããã... Alexia? Onde está a Alexia?- choramingou Tutu – Ãããã... Não lhe fez mal pois não?
- Nã nã nã, nada disso! – disse o indiano, interrompendo-se ao ouvir uma grande agitação no exterior, juntamente com alguns tiros. Dirigiu-se à janela, e ao espreitar o seu semblante alterou-se, ficando visivelmente transtornado.
- Que se passa S.P.?? – perguntou Raposa – Que confusão é essa?
Nesse preciso instante um grande estrondo ribombou pelas escadas, e a porta do gabinete foi arrombada com grande violência. Por entre a ombreira da mesma um gigante barbudo de cuecas surgiu com um salto, indo aterrar precisamente em cima da mulher de Fronhé. Os seus olhos rolaram momentaneamente nas órbitas alinhando-se como os de qualquer pessoa normal, o que provocou um largo sorriso em Lana Raposa durante o fugaz momento imediatamente anterior à sua cabeça ser esmigalhada por um enorme termo de comida com que o gigante se fazia acompanhar. A seu lado surgiram então o Chefe Victor Gina e o seu fiel escudeiro, Guarda Régio, que prontamente dominou Careca Rapel, enquanto Bicha guinchava estericamente num canto, de rabo para o ar, inofensivo(a).
- Os seus dias de tráfico acabaram velha chamussa! – cuspiu Gina – Os meus homens encontram-se neste momento no controlo do edifício Aparte-Mental. Solte os meus agentes! Já! – berrou para S.P. Fronhé
- Nunca pensei ficar tão feliz em vê-lo... – admitiu Cléo, emocionada – Mas obrigado, por nos ter salvo! O que posso lamber para o compensar?
- Ãããã... mas Chefe, ele ainda tem a Alexia – disse Tutu aflito, coçando o rabo – Ãããã... acho que lhe fez mal!
- Não! Alexia... Essa deusa moderna... essa afrodite dos meus sonhos... – suspirou Régio - Não lhe pode ter acontecido nada! Não sem antes eu ter provado o seu saké, o seu sumo, a sua c...
- Cala-te pá! Não vês que a coisa é grave, sua besta! – reclamou Victor Gina – Se lhe fizeste alguma coisa, eu juro que te deixo esse rabo tostado pior que a ultima brasileira que me passou pelo estreito! – acrescentou, dirigindo-se ao traficante que se encontrava mudo de espanto olhando para a sua mulher esmagada por Arata, que comia alegremente do termo algo parecido a Rojões à Transmontana
- Mas... como descobriu a minha base? – sussurrou Fronhé, distante – Como? Como foi possível?
- Pergunte à sua colaboradora. Ela sabe bem – sorriu amargamente o Chefe – Onde está Alexia? Só lhe pergunto mais uma vez!!
- Mas quem? Quem trairia este velho tonto e fraco? – perguntou novamente fronhé, deixando cair o cachimbo já apagado
- Eu mesma, seu velho irritante! – disse uma vitoriosa e confiante Laura Tranco que, silenciosa, entrara no gabinete
Comentários
Queremos mais violência gráfica!!! >:-O